quinta-feira, 22 de maio de 2008

PARTE II: Mata Hari e a 1ª Guerra Mundial

Uma noite, no Folies-Bergères, um homem se apresentou em seu camarim. Era o marquês de Montessac, uma estrela da Paris elegante, além de confidente dos oficiais superiores da cidade. Distinto, rico, jogando muito bem seu jogo, o marquês causou forte impressão em Mata Hari, com a qual não tardou a se ligar. Seria ele o rico alemão que a introduziu nos serviços secretos alemães? Seu papel permaneceu muito misterioso, e ele fazia freqüentes viagens. Na volta de uma delas, Mata Hari venderia sua casa de Neuilly, desaparecendo de Paris, em julho de 1914.
Nos primeiros dias de agosto, ela se apresentou no maior cassino de Berlim. Provavelmente, e até certamente, Mata Hari teria sido prevenida da iminência da guerra e convidada a instalar-se na Alemanha. Em todo caso, um fato que ela jamais negou aconteceu: no dia da declaração de guerra, ela almoçava com o chefe de polícia em um restaurante chique de Berlim.Entretanto, ela não ficaria muito tempo por lá. Alguns dias depois do início das hostilidades, voltou à Holanda, passando a viver discretamente em Amsterdã, apesar de fazer muitas viagens a Londres, o que atraiu a atenção do serviço de inteligência britânico, embora nada pudesse ser encontrado que provasse sua atuação como espiã na época.
No início de 1916, voltou a Paris, onde retomaria sua vida de outrora, ligando-se a um alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores. O serviço secreto britânico revelou suas suspeitas, e a dançarina era vigiada permanentemente pelos serviços da polícia francesa. Constatou-se que ela, muito regularmente, freqüentava uma casa conhecida por ter duas saídas. A polícia - que negligência - não teve a idéia de verificar quem se instalara no imóvel. Apenas depois do processo, ela soube que um serviço anexo da legação da Holanda tinha estabelecido escritórios ali.Em um dia de agosto de 1916, a espiã suspeita encontrou-se com o capitão chefe da polícia francesa e lhe pediu uma carta de livre trânsito. Ela queria - segundo seu pedido - dedicar-se ao serviço dos oficiais feridos, que convalesciam nos estabelecimentos da estação termal transformados em hospitais. Levando-se em conta que existia, nos arredores próximos da cidade, um grande campo de aviação em construção, o pedido parecia suspeito. Era uma bela ocasião para se dirimir as dúvidas. A permissão foi, naturalmente, concedida, mas, o chefe de polícia, capitão Ladoux, confiou a um jovem lugar-tenente dos dragões, ferido em convalescença, a missão de entrar na intimidade de Mata Hari e vigiá-la. Três meses mais tarde, ela voltou a Paris, sem recursos e loucamente apaixonada, ao que parecia, por um capitão do exército russo, de nome Maslov, cego durante a guerra, que se tratava em Vittel.Em sua chegada a Paris, foi convidada a se apresentar no escritório de contra-espionagem, onde o capitão Ladoux lhe revelou que as potências aliadas suspeitavam dela, que deveria partir imediatamente para a Holanda, nunca mais voltando à França. Mata Hari protestou e, depois de uma longa conversa, conseguiu permanecer na França, com o compromisso, porém, de se engajar nos serviços secretos franceses.Para colocá-la mais uma vez à prova, Ladoux lhe confiou a missão de ir à Bélgica, mas por Lisboa, "por ser mais seguro", a fim de levar suas instruções a cinco agentes franceses residentes atrás das linhas alemãs. Os nomes eram, evidentemente, falsos, salvo um: o de um agente duplo muito suspeito. Por Lisboa, tinha especificado Ladoux. Ele sabia muito bem o que fazia: para chegar a Lisboa era necessário passar pela Espanha, onde - a coisa era conhecida - pululavam agentes alemães. Como ele tinha previsto, a dançarina - a quem tinham sido destinados magros subsídios - parou em Madri, onde os serviços franceses, alertados, a seguiram bem de perto. Ela fez freqüentes visitas a Von Kalle e Von Krohn, adidos militares da embaixada alemã, e finalmente rumou para Lisboa, com o intuito de chegar à Bélgica.
Durante a viagem, o barco que a levava foi inspecionado por um navio de guerra inglês. Mata Hari, transferida a bordo desse último, desembarcou em Southampton, passando por minuciosa vistoria, e voltou à Espanha, por ordem do capitão Ladoux, que, entrementes, tinha sido informado pelo Intelligence Service de que ela não possuía mais as cinco famosas cartas e que, por outro lado, o agente duplo, cujo endereço aparecia em uma das cartas em questão, tinha sido fuzilado pelos alemães. As suspeitas ganhavam corpo. Mata Hari estava, então, em Madri, sem recursos. Ela bateu à porta da embaixada da Alemanha, insistindo em obter remuneração por conta dos serviços prestados por ela à causa do Reich.Nesse momento aconteceu o episódio capital que permitiu estabelecer a acusação: um radiograma expedido pelo principal quartel alemão à embaixada alemã em Madri dizia, em resumo: "H. 21, excelente agente antes da guerra, nada produziu de sério depois que a guerra foi iniciada. Digam a H. 21 para voltar à França e continuar sua missão. Ele receberá um cheque de 5 mil francos retirado por Kraemer no balcão de descontos".Esse radiograma, captado pela estação da torre Eiffel, foi imediatamente transmitido ao capitão Ladoux e decifrado. A chave do código secreto por meio do qual o adido naval alemão em Madri se comunicava com Berlim já estava desde muito tempo de posse dos franceses.Se, como se acreditava cada vez mais, Mata Hari era de fato o agente H. 21, bastava esperar que ela voltasse à França, já que fora essa a instrução dada por seus chefes alemães.
Foi o que aconteceu: em 5 de janeiro de 1917, a espiã estava de volta a Paris. Sua prisão não foi imediata. Em seu dossiê, nenhuma prova, a não ser o radiograma. Nenhuma carta, nenhum documento escrito, apesar da atenta vigilância. Apenas um cartão postal sem importância fora encontrado. Levar Mata Hari ao conselho de guerra, nessas condições, faria com que a acusação fosse obrigada a mostrar a prova do radiograma captado, revelando dessa forma que os franceses possuíam o código alemão.
A vigilância não se descuidava dela, mas não conseguiu nenhuma outra informação. Mata Hari, por outro lado, inquieta por ver que o capitão Ladoux evitava recebê-la, pressentindo a catástrofe, insistia em que lhe dessem outra missão no exterior. Por medo de que ela fugisse, a prisão foi, enfim, decidida. Na manhã de 14 de fevereiro de 1917, a polícia cercou o Palace Hotel, onde ela se hospedava. Depois de um primeiro interrogatório, no serviço francês de contra-espionagem, ela foi encarcerada na prisão de mulheres Saint-Lazare. A instrução foi bastante longa. A procura por uma prova escrita, além do radiograma interceptado, continuava. Mas era necessário parar com os interrogatórios. O processo foi aberto em 24 de julho de 1917 diante do 3o conselho de guerra de Paris. Mata Hari reconheceu ter se encontrado com o chefe de polícia de Berlim no dia da declaração de guerra. A isso, o presidente do conselho de guerra declarou: "A senhora entrou, em seguida a serviço do chefe de espionagem alemão, que a encarregou de uma missão em Paris, dando-lhe 30 mil marcos e o nome de H. 21".A dançarina não se intimidou: "É verdade. Eu recebi um nome de batismo e 30 mil marcos para me corresponder com meu amigo. Mas esses 30 mil marcos não eram um salário de espiã e sim um presente". À pergunta: "A senhora foi ao front de batalha, onde permaneceu por sete meses, sob pretexto de estar servindo a um ambulatório em Vittel", ela precisou: "É verdade. Eu queria, permanecendo em Vittel, onde eu não era enfermeira, me dedicar a um pobre capitão russo, o capitão Maslov, que tinha ficado cego. Eu queria pagar por minha vida fácil, consagrando-me ao alívio da doença de um infeliz oficial, a quem amava. Ele foi, na realidade, o único homem que eu realmente amei".Um primeiro golpe direto lhe foi desferido pela acusação: convidada a dar detalhes sobre sua atividade a serviço da França, Mata Hari teria fornecido informações sobre os pontos da costa do Marrocos espanhol onde os submarinos alemães faziam escala.Então, ela fez a seguinte réplica: "De onde vieram essas informações? Se elas eram exatas, é porque os senhores tiveram relações diretas com o inimigo; se elas eram falsas, os senhores nos enganaram!"Enfim, o coronel que presidia o conselho de guerra, revelou a prova do famoso radiograma de Madri. Imediatamente, ela "explicou" os motivos da soma que lhe fora ofertada e respondeu, imperturbável: "É absolutamente exato. O lugar-tenente Von Krohn achou que era mais cômodo me presentear com dinheiro do governo alemão do que com seu próprio dinheiro".Apesar da bela defesa, que argumentou que tudo o que fora apresentado contra a acusada era apenas um conjunto de declarações de agentes dos serviços secretos ou de atas de sessão de polícia, o tribunal seguiu a orientação do comissário do governo, que pediu a pena de morte. Depois de dez minutos de deliberações, a sentença foi proferida: por unanimidade, Mata Hari foi condenada ao fuzilamento.Na manhã de 15 de outubro de 1917, data estabelecida para a execução, ela foi levada para a cidade de Vincennes. Em um silêncio impressionante, Mata Hari desceu do carro, tomando o braço de irmã Léonide, ajudando-a a descer. Chegando perto do poste de execução, dizem que separou-se bruscamente da freira, dizendo: "Beije-me rápido e me deixe agora. Coloque-se à minha direita. Eu olharei para o seu lado. Adeus!"Enquanto um oficial lia seu julgamento, a dançarina, que se recusara a vendar os olhos colocou-se diante do poste. Uma corda foi passada em sua cintura, sem nenhum nó. O pelotão de execução, composto de 12 caçadores comandados por um aspirante, se colocou em frente a ela, a dez metros de distância. Mata Hari sorriu pela última vez à irmã Léonide, ajoelhada, e fez-lhe um gesto de adeus.Uma só detonação para os 12 tiros, seguida de outra. As trombetas soaram. As tropas desfilaram. O médico legista se aproximou e confirmou o óbito. Ninguém reclamaria seu corpo. Depois de um simulacro de exumação, os restos de Mata Hari foram entregues à faculdade para ser dissecados.

MATA HARI: mitos e verdades sobre a femme fatale

Femme Fatale, palavra francesa usada para o esteriótipo de mulherer misteriosa, atraente, perigosa, interesseira e muito sedutora.

O termo é muito abordado na literatura e no cinema. A mulher fatal geralmente seduz e engana o herói e outros homens para obter algo que eles não dariam livremente.
Apesar de ser tipicamente uma vilã, a femme fatale exerce tal fascínio sobre o público que normalmente não termina mal como os demais vilões. Resumindo: ela quase sempre se dá bem.

Seu poder é tamanho que vive constantemente cruzando a linha entre o bem e o mal, agindo inescrupulosamente a despeito de normas sociais e quaisquer compromissos abertos que tenha com o herói ou qualquer outra pessoa.

Ela inexoravelmente nega a confirmação de seu afeto à seu parceiro, torturando-o assim e criando uma obsessão em relação à ela, onde o homem torna-se incapaz de tomar decisões racionais ou sequer gerenciar sua própria vida.

Para mim, ela é a versão feminina do homem cafageste e sedutor. Seu glamour está no fato de ser a mulher a manipuladora de toda a situação. Célebres personagens como a Catherine Trammel de Instinto Selvagem representam bem esse fascínio capaz de viciar um homem, ou vários.

Mas hoje é sobre uma femme fatale da vida real que gostaria de falar. O nome dela é "Marguerite Gertrude Zelle ", mas você a conhece como MATA HARI. Ela é holandesa, nascida no século XIX, rica e com status social. Ela casou-se, como qualquer mulher de sua época. Seu marido era um também abastado capitão do exército de seu País.

Mas o grande mito por trás das "femme fatales" (assim como suas versões masculinas), na minha opinião, tem sempre início da mesma forma.


COMO FORMAR UMA FÊMEA FATAL:

A verdade é que a vida dessa mulher não foi nada fácil. Marguerite tornou-se órfã de mãe muito cedo. Seu marido revelou-se, já logo após o casamento, um homem leviano, imoral, que a tratava com violência. Ela foi inúmeras vezes traída e espancada.

Mata Hari, que ainda era Marguerite, chegou a relatar o horror em que vivía em cartas à seu pai. O senhor Zelle chegou a apresentar queixa contra o genro, mas as coisas só pioraram: depois das brutalidades, começaram as ameaças com armas.




A conduta social de seu marido chegaria a tal ponto que obrigarou seus superiores a intervir, passando o oficial para os quadros da reserva.


Tá achando ela uma mulher sofrida e judiada pela vida? Seu drama ainda mal começou.

Marguerite teve com este "marido" um casal de filhos, Norman e Jeanne-Louise. Esperava que a maternidade talvéz aproximasse o casal e trouxesse um pouco de harmonia para sua vida.

No entanto, o menino foi assassinado com veneno por uma serviçal (motivo desconhecido), enquanto o casal vivia em Java, ná época colônia holandesa.

Após essa trajédia, o convívio ficou ainda mais insustentável. Em um dia de agosto de 1902, Mac Leod , o marido, saiu, levando a filha doente, não voltando mais para casa. Tempos depois "devolveu" a filha e a abandonou.


O FUNDO DO POÇO

Mulher, abandonada bem no comecinho do século XX, praticamente sem recursos (afinal mulheres da sociedade não trabalhavam nesta época), Marguerite vendeu alguns objetos e refugiou-se na casa da tia, tomando coragem para iniciar um pedido de divórcio.

Mac Leod replicou o pedido de divórcio com um aviso pela imprensa de que não era mais responsável pelas dívidas da mulher (como se até então tivesse sido, né). Sua tia então, com vergonha da sobrinha "desgraçada" a expulsa de casa. Três florins era toda a fortuna que Marguerite possuía. Ela ainda tenta voltar à casa de seu pai, em Amsterdã, mas em algum momento essa mulher decide não se conformar com toda a desgraça de sua vida.

Aqui está o segundo elemento que compõe uma fêmea fatal, segundo minha percepção: o primeiro, a vida sofrida. O segundo, este ímpeto de reverter o sofrimento e a desgraça, não se conformando com o papel de vítima. Pois uma coisa que eles não conseguem ser é vítima.

O ser humano magoado, desrespeitado e mal tratado pelas pessoas e pela vida decide então, por vingança, ou por auto-defesa (ou até mesmo por egocentrismo) se lançar ao mundo atrás de seus objetivos e ambições -que nestes casos geralmente são grandes. Não se importam em atropelar quem ou o que esteja em seu caminho e usam todas as armas que tiverem a seu alcance. Desenvolvem uma barreira em relação à outras pessoas, para que estas não possam tornar a magoá-las.

Misture bem tudo isso para entender como a história continua.



A DANÇA E A SEDUÇÃO COMO FORMA DE RENASCIMENTO

Marguerite rejeitou sua origem européia, gostava de se passar por nativa das Índias Holandesas, filha de um rajá e de mãe indiana. A estranha beleza daquela holandesa com traços indianos eram fascinantes. Em seu rosto, chamavam a atenção especialmente os dois olhos de fogo, dotados um estranho poder de atração, que ela soube utilizar para atingir todos os seus objetivos.
Marguerite logo se interessou por Paris, para onde viajaria em 1903.
A vida que levou em seus primeiros tempos de Java, onde se debruçara sobre a literatura indiana e a leitura de textos budistas, além de seu gosto natural pela dança, fizeram com que se voltasse para o teatro. Seu físico, aliás, a ajudou muito. Um romancista a descreveu assim: "Grande, esbelta, ela exibe sobre seu maravilhoso pescoço, flexível e cor de âmbar, uma face fascinante, perfeitamente ovalada, cuja expressão sibilina e tentadora impressiona. A boca, vigorosamente desenhada, traça uma linha móvel, desdenhosa, muito carnuda, sob um nariz reto e fino cujas asas palpitam sobre duas covinhas sombreadas nos limites de seus lábios. Os magníficos olhos, ligeiramente puxados, aveludados e melancólicos, são envoltos por longos cílios encurvados e têm qualquer coisa de hindu. Seu olhar é enigmático: perde-se no vazio. Os cabelos, muito pretos, repartidos ao meio, montam em sua face um quadro de impenetráveis ondulações".
Vivia num hotel privado em Neuilly, oferecido por um rico industrial que abandonara a mulher e os filhos para cobri-la de presentes, onde ela dava festas suntuosas. Este rico industrial se arruinou por ela. Emitiu cheques sem fundos e foi preso.

O NASCIMENTO DE "MATA HARI"

Em uma noite de outubro de 1905, toda a sociedade de orientais que morava em Paris, todos aqueles que tinham relações no mundo das letras e das artes, os críticos de imprensa mais célebres, receberam um convite para uma soirée no museu Guimet para lá ver, diziam os cartões, uma dançarina indiana, de nome Mata Hari, executar danças sagradas.
O sucesso foi enorme. Mata Hari estava lançada. Ela viajou pela Europa. Os music-halls de Roma e de Berlim, a acolheram.
Na Alemanha, Mata Hari cultivou relações com o príncipe herdeiro, o duque de Brunswick, o chefe de polícia de Berlim e Van der Linden, presidente do Conselho de Holanda. Os teatros de Paris disputavam a dançarina, oferecendo-lhe cachês astronômicos.

terça-feira, 20 de maio de 2008

THE BELLY DANCE



A Dança do Ventre e suas variações
Para quem, assim como eu, é absolutamente fã desta arte e suas simbologias, segue um resuminho de cada modalidade e seus significados.



Dança do punhal
Essa dança era uma reverência à deusa Selkis, a rainha dos escorpiões e representa a morte, a transformação e o sexo.Quase nada se sabe sobre sua origem, mas alguns acham que ela surgiu nos bordéis da Turquia, quando as européias eram escravizadas e levadas aos bordéis (1600-1700); época em que os Mouros raptavam as mulheres a mando do Sultão da Turquia.Outra idéia é de que era realizada pela odalisca predileta do sultão para mostrar seu poder às outras mulheres do Harém, provando que ele tinha total confiança nela.Representa a morte, a transformação e o sexo. Era uma reverência à deusa Selkis, a rainha dos escorpiões. A dança do punhal é uma dança forte, portanto a bailarina deverá usar músicas fortes
Dança com snujs
Pequenos címbalos de metal, os snujs eram usados pelas sacerdotisas para energizar, trazer vibrações positivas e retirar os maus fluidos do ambiente, além de servir para acompanhar o ritmo da música. Por essa razão, o snuj era dedicado à Deusa Bast, aquela cujo rosto apresentava feições de gato, que era considerada a grande protetora das dançarinas. No Marrocos, ao invés de dois pares de snujs para tocar o instrumento, utiliza-se um par numa mão e um só na outra. Países como a Grécia, a Turquia e a Índia, apesar de não serem de origem árabe, também ostentam a cultura dos snujs.
Dança da serpente
Por ser um animal considerado sagrado e símbolo da sabedoria, antigamente as sacerdotisas dançavam com uma serpente de metal (muitas vezes de ouro). Atualmente vê-se algumas bailarinas dançando com cobra de verdade, mas isto deve ser visto apenas como um show de variedades, já que nem nos primórdios da dança o animal era utilizado.Justamente por ser considerada sagrada, a serpente era apenas representada por adornos utilizados pelas bailarinas e pelo movimento de seu corpo.
Dança com pandeiro
Era sempre feita com o sentido da comemoração, da alegria e da festa. Assim como os snujs, acompanha-se seu som com o ritmo da música.

Dança dos véus
Não se abe ao certo como surgiu a dança com véus. Dizem que ela tem suas raízes na dança dos sete véus que é uma dança onde os véus representavam os sete chakras em equilíbrio e harmonia. A retirada e o cair de cada véu significavam o abrir dos olhos que desperta a consciência da mulher. O véu atualmente é um dos símbolos mais comuns da dança do ventre e são muitos os passos que o utilizam. Alguns são usados especialmente para emoldurar o rosto ou o corpo da dançarina, assim envolvendo-a em mistério e magia. Por ser transparente, tem o encanto de mostrar sem revelar.
Dança da espada
Existem várias lendas para a origem da dança da espada. Uma delas diz que é uma dança em homenagem à deusa Neit, uma deusa guerreira. Ela simbolizava a destruição dos inimigos e a abertura dos caminhos. Uma outra, diz que na antigüidade as mulheres roubavam as espadas dos guardiões do rei para dançar, com o intuito de mostrar que a espada era muito mais útil na dança do que parada em suas cinturas ou fazendo mortos e feridos. Dançar com a espada permite equilíbrio e domínio interior das forças densas e agressivas. Uma terceira lenda conta que na época, quando um rei achava que tinha muitos escravos, dava a cada um uma espada para equilibrar na cabeça e dançar com ela. Assim, deveriam provar que tinham muitas habilidades. Do contrário, o rei mandaria matá-lo. O certo é que, nesta dança, a bailarina deve saber equilibrar com graça a espada na cabeça, no peito e na cintura. É importante também escolher a música certa, que deve transmitir um certo mistério. Jamais se dançaria um solo de Derbak com a espada.
O Khalij
É uma dança feminina saudita também conhecida como Raks El Nacha´at. Seu propósito é permitir à mulher exibir seu cabelo, seus passos graciosos, e seu vestido ricamente bordado, usado exclusivamente nesta dança, a qual é usualmente executada em casamentos.
Dança do candelabro , do fogo e da vela
Este tipo de dança existe a muitos anos e fazia parte das celebrações de casamento e nascimento de crianças. É tradicionalmente apresentada na maioria dos casamentos egípcios, onde a dançarina conduz o cortejo do casamento levando um candelabro na cabeça. Desta maneira, ela procura iluminar o caminho do casal de noivos, como uma forma de trazer felicidade para eles.

Dança do bastão
Há uma dança masculina originária de Said, região do Alto Egito, chamada Tahtib. Nela são usados longos bastões chamados Shoumas. Estes bastões eram usados pelos homens para caminhar e para se defender. Note que Said também é o nome do ritmo originário desta região. As mulheres costumam apresentar-se utilizando um bastão leve ou uma bengala, imitando-os, porém com movimentos mais femininos. Elas apresentam-se ao som do ritmo Said original, ou mesmo do Baladi ou do Maqsoum. Durante a dança, a mulher apresenta toda a sua habilidade, equilíbio e charme. Costuma-se chamar esta dança feminina de Raks El Assaya (Dança de Said). A Raks El Assaya foi introduzida nos grandes espetáculos de Dança do Ventre pelo coreógrafo Mahmoud Reda. Fifi Abdo teria sido a primeira grande dançarina a apresentar performances com a bengala. Porém ela se apresentava com roupas masculinas.
Dança do candelabro , do fogo e da vela
Este tipo de dança existe a muitos anos e fazia parte das celebrações de casamento e nascimento de crianças. É tradicionalmente apresentada na maioria dos casamentos egípcios, onde a dançarina conduz o cortejo do casamento levando um candelabro na cabeça. Desta maneira, ela procura iluminar o caminho do casal de noivos, como uma forma de trazer felicidade para eles.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Horóscopo das armas

Resumo bem rapidinho do Horóscopo árabe e suas representações

Faca - Simbolo do signo de Virgem. Para os árabes, você é uma pessoa muito tímida. Muito desconfiado e um pouco arredio, faz tudo o que pode para se proteger. Isso se deve ao fato de ter levado bons tombos pelo seu caminho. Também é alvo fácil para aqueles que gostam de abusar do complexo de inferioridade dos outros. Isso porque apesar de estar ciente de todo o seu potencial, você se dá pouco valor perante os outros.Tem uma ótima habilidade com trabalhos que exigem precisão e habilidade manual.

Punhal - Simbolo do signo de Áries. Entusiasmado e apaixonado pela vida. Você vive o presente e age sempre com impulso e espontaneidade. O que é preciso rever, pois acaba muitas vezes sendo impulsivo em demasia. As pessoas gostam de você pelo seu dinamismo, com você, não existe falsos sorrisos ou hipocrisia. Como complicar a vida não é de seu feitio, acaba sempre tendo novas amizades.Profissões autônomas lhe caem bem.

Cutelo - Simbolo do signo de Câncer. Super sensível e muito emotivo. Você ainda conserva as reações e sensações que teve nos primeiros anos de vida. Muito apegado com a família, acaba sempre falando muito das suas experiência da infância. O que não é muito bom, pois se teve alguma lembrança na sua infância que não lhe agradou, esta vai atormentá-lo por muito tempo. Acima de tudo você precisa manter a vida regular e muito sono.

Punhal Árabe - Simbolo do signo de Escorpião. Misterioso... Despreza o que aparente é fácil de se ter. Vive pelo complicado. Tudo o que resulta em desafio, é o que ele quer seguir. Infelizmente, em contrapartida, está sempre cheio de questionamentos, isso faz com que você acabe por destruir relacionamentos, até os mais seguros.Prefere deixar de ter, do que ter algo que não lhe proporcione emoção.

Maça de Ferro - Simbolo do signo de Gêmeos. Pessoa sociável, gosta de conversar, discutir e de mudar. Você consegue colocar com facilidade o seu sentimento para os outros. Mas, tem que tomar cuidado para que isso não vire uma rotina, afinal, ninguém gosta de só ouvir reclamações.Também dotado de uma boa capacidade de persuasão, acaba convencendo as pessoas até mesmo sobre o que não sabe direito.Você pode utilizar seus dons para as profissões de âmbito intelectual.

Clava Rústica - Simbolo do signo de Touro. Teimoso, custa a aceitar as coisas ou mudar de idéia. Chegando até a ser lento em determinadas circunstâncias. O que conta para você é a segurança, o conforto e o dinheiro também, pois não consegue ser indiferente aos bens materiais. Sensual e possessivo em todos os aspectos, dificilmente deixa o que conseguiu de lado.O seu dinamismo possibilita que exerça as mais diversas profissões.

Machado - Simbolo do signo de Peixes. Emotivo e vulnerável, mas também flexível. Se ajusta as situações conforme a necessidade. Vive no ritmo das emoções que vão acontecendo ao seu redor. Sua capacidade de adaptação leva a conseguir os seus objetivos.Profissões ligadas a artes são as mais indicadas, uma vez que o assunto lhe atrai muito.

Corrente - Simbolo do signo de Libra. Justo ao extremo, você é uma pessoa que está sempre disposta a ajudar o próximo, ainda mais se perceber que ele está sendo enganado. Seu pior defeito é a sua hesitação, quando para e espera a ajuda de alguém para decidir algo, já perde grande parte de sua coragem.Se dará bem em profissões que precise de reuniões para decidir as coisas. Mas, lembre-se, em determinados momentos da vida, só você poderá decidir.

Espada - Simbolo do signo de Leão. Líder incondicional, aquele que sabe sempre onde pisa. Se sente bem quando está com os “menores”, a possibilidade de defende-los lhe faz sentir muito bem. Porém, acaba se tornando extremamente desagradável com a sua “necessidade” de aparecer. Aviso, cuidado para não trocar suas amizades pela simples necessidade de aparecer.

Funda - Simbolo do signo de Aquário. Extremamente comunicativo, você veio para o mundo para “conversar”. Porém, é uma pessoa muito idealista, ao extrema para ser exato. Não suporta pressões, seja lá qual for a origem. É criativo, eficaz e corajoso. Se a ocasião lhe anima, fica super enérgico e transforma a tarefa em algo divertido. Embora, prefira abdicar de uma tarefa do que se aborrecer com ela.

Lança - Simbolo do signo de Capricórnio. Sempre em busca de sua autenticidade, está sempre se aperfeiçoando nas áreas que lhe interessam. Sua grande motivação é descobrir o que está de errado nas coisas. Muitas vezes sendo anti-social, acaba se isolando um pouco devido ao medo de não agradar. Com isso, acaba também escondendo sua sensibilidade sob uma aparência de indiferente e, com isso sofre, pois muitas vezes acaba vendo a pessoa amada ir embora.

Arco - Simbolo do signo de Sagitário. Você precisa de contatos, manter contatos... Quando isso não acontece, você fica chateado, amuado e sente-se a pior pessoa do mundo. Caloroso, acolhedor, mas, sempre com o seu lado independente. Embora, sempre mostre-se seguro perante os outros, não gosta de ser zombado, nem que desconfiem de suas estórias, por mais mirabolantes que pareçam. Dica, nem todos são obrigados a acreditar no que você conta, cuidado para não perder amigos simplesmente por querer que eles acreditem em tudo.